Politica
Ministério Público quer segurar Marcola em presídio de segurança máxima


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) rechaçou um pedido da defesa de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para que o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) deixe a Penitenciária Federal de Brasília. A ideia dos advogados era levar o bandido de volta para o sistema carcerário estadual.
Marcola está no presídio de segurança máxima desde 25 janeiro deste ano, por ordem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Na ocasião, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva alegou um suposto risco de fuga do criminoso da Penitenciária Federal de Porto Velho, onde estava desde março de 2021.
“Essa operação se fez necessária para garantir a segurança da sociedade”, afirmou Dino, na época, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
No fim de 2022, a Justiça de São Paulo renovou a permanência de Marcola em Porto Velho por mais um ano. A defesa apelou da decisão, mas a Procuradoria-Geral de Justiça deu parecer contrário ao bandido.
A decisão do Ministério Público contra Marcola
De acordo com o MP-SP, Marcola é “um dos fundadores e elemento de grande importância” da facção criminosa, motivo por que deveria permanecer na Penitenciária Federal de Brasília. “É fato público e notório, que não exige maiores investigações”, sustentou o procurador João Antonio Santos Rodrigues.
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O procurador ressalta que as leis brasileiras dão respaldo à decisão do MP-SP de segurar Marcola em presídios de segurança máxima, uma vez que este último “desempenha função de liderança e participa de forma relevante em organização criminosa”.
Santos Rodrigues acrescentou, conforme o site de notícias Metrópoles, que o bandido “está envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de grave indisciplina no sistema prisional de origem”.
Líder do PCC estaria passando fome
Em carta enviada à imprensa, Cynthia Giglioli Herbas Camacho, mulher de Marcola, acusou a Penitenciária Federal de Brasília de fazê-lo passar fome e perder 20 quilos ao fornecer comida estragada.
No documento, Cynthia afirmou que ficou calada por muito tempo, por temer represálias do Estado. No entanto, disse que cansou de ver Marcola sofrendo na cadeia. Ela alegou que, quando a comida não está estragada, é escassa e de má qualidade, ocasionando infecção intestinal nos presos.
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Para Cynthia, o marido está sendo torturado, porque, além da má alimentação, também está em uma situação de isolamento — o que pode trazer danos terríveis à sua saúde mental.
“Marco nunca sai da cela para o banho de sol, apenas para visita, que ocorre uma vez por semana”, disse a mulher. Cynthia acrescentou que, essas ocasiões, “tem percebido que seu marido vem sempre muito pálido, com as mãos bem trêmulas, que só vão passando após uma hora de visita”.
O patrimônio milionário do líder do PCC
Marcola, de 54 anos, ostenta um patrimônio milionário fora do sistema penitenciário. Confira alguns dos recursos à disposição do criminoso, condenado a mais de 340 anos de prisão:
- R$ 60 milhões: utilizados para financiar integrantes do PCC na execução de seu plano de resgate da prisão. O valor ainda teria colaboração de Alejandro Camacho, irmão de Marcola;
- R$ 5 milhões por semana: a investigação da Inteligência paulista revelou que Marcola tem um faturamento mensal de cerca de R$ 20 milhões, o equivalente a R$ 5 milhões por semana. O dinheiro seria repassado como forma de “pagamento” ao líder com facção e teria origem nas ações da quadrilha, como tráfico, contrabando e roubos.
- Residência de mais de R$ 1 milhão: familiares de Marco Willians Herbas Camacho também foram investigados. A Polícia Civil apurou um suposto esquema de lavagem de dinheiro na compra subfaturada de uma mansão em Alphaville, adquirida por R$ 1,1 milhão. O imóvel custa aproximadamente R$ 3 milhões.
- R$ 500 mil na conta da esposa: a Polícia Civil encontrou uma conta bancária em nome de uma empresa de Cynthia Giglioli, mulher de Marcola. Nela, havia mais de R$ 470 mil. Há indícios de lavagem de dinheiro, já que o faturamento da empresa é muito inferior às movimentações realizadas.
Politica
Sem acordo sobre cassinos online, Pacheco adia novamente votação do projeto das apostas esportivas – Notícias


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai adiar pela segunda vez a votação do projeto de lei sobre as apostas esportivas de cota fixa (chamadas de bets). O debate está na pauta desta quarta-feira (6), mas deve ficar para a próxima terça (12). O principal motivo é a falta de consenso sobre a inclusão dos cassinos online na regulamentação. O projeto é uma prioridade do governo federal, que, inicialmente, estima arrecadar R$ 1,6 bilhão em 2024 com as apostas.
Durante a sessão desta terça (5), senadores pediram o adiamento com a alegação de que a Casa está esvaziada durante esta semana devido à participação de parlamentares na COP28, nos Emirados Árabes Unidos. Diante disso, Pacheco liberou a participação semipresencial dos parlamentares, que podem votar pelo aplicativo, sem a necessidade de estar em Brasília.
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O principal ponto de discussão do projeto de lei tem a ver com a inclusão dos cassinos online no texto. Parlamentares da oposição argumentam que o texto não deixa claro como deve ser a fiscalização sobre esses jogos.
Os cassinos são proibidos no Brasil, mas, como as sedes das empresas ficam em outros países, isso possibilita o funcionamento desses sites no país. Basta o jogador criar uma conta em uma dessas páginas e se declarar maior de idade para ter acesso a jogos como caça-níquel, roleta, blackjack e pôquer.
O relator do projeto, Angelo Coronel (PSD-BA), tem criticado a resistência ao mérito do projeto e disse que a atitude é moralista. “O projeto foi feito simplesmente visando regulamentar os jogos que estão sendo campeados no Brasil há muitos meses sem deixar um centavo de receita para os cofres da União. Então, é acabar a clandestinidade e cobrar impostos, que farão feitos aos programas sociais do governo”, afirmou.
Nos últimos meses, influenciadores que divulgam esses jogos, em especial o “Jogo do Tigre”, têm sido alvo da Polícia Civil, porque usam os caça-níqueis eletrônicos para enganar vítimas.
No dia 19 de novembro, uma ação da polícia do Paraná prendeu três pessoas e apreendeu carros, motos de luxo, dinheiro e armas em uma investigação sobre pirâmide financeira e propaganda enganosa que envolve o game.
O que diz o texto
O texto trata de questões como publicidade, autorização de funcionamento, taxação das empresas e distribuição de arrecadação. Aprovado pela Comissão de Esporte do Senado no início deste mês, o projeto inclui como aposta de cota fixa eventos virtuais de jogos online e eventos reais de temática esportiva. A regulamentação prevê apostas realizadas em meio físico, com a compra de bilhetes impressos, ou em meio virtual.
Em relação à carga tributária, o relator reduziu de 18% para 12% a cobrança sobre a receita das empresas. Em relação à taxação dos ganhadores, o senador propôs uma redução de 30% para 15%. A diminuição mexe com a perspectiva do governo federal que, inicialmente, calculava arrecadar de R$ 2 bilhões a R$ 6 bilhões em 2024 com a tributação das apostas esportivas.
O percentual, na indicação do relator, recairá em pessoas jurídicas que explorem atividades de desenvolvimento ou prestação de serviços relacionados ao fantasy sport, modalidade em que participantes escalam equipes imaginárias ou virtuais de jogadores reais de um esporte profissional.
Outra mudança é a exigência de as empresas de apostas esportivas terem “brasileiro como sócio detentor de ao menos 20% do capital social da pessoa jurídica”, como diz o parecer. Para atuar no ramo, as empresas precisarão de uma autorização específica para apostas online, física ou ambas. O certificado valerá por cinco anos e será concedido pelo Ministério da Fazenda, no valor limitado a R$ 30 milhões.
Para conseguir a autorização, a empresa precisará cumprir alguns critérios, como ter sede e administração em território nacional, ter requisitos técnicos e de segurança cibernética, ter um integrante com conhecimento no ramo e adotar procedimentos de controle interno para prestar atendimento aos apostadores, além de uma política de prevenção ao crime.
Politica
Pedido de impeachment por caso ‘dama do tráfico’ é constrangedor para autores, diz Silvio Almeida – Notícias


O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou nesta terça-feira (5) que o pedido de impeachment contra ele, apresentado por deputados da oposição, é “constrangedor”. Parlamentares acusam o ministro de crime de responsabilidade por custear a viagem de Luciane Barbosa Farias, mulher de integrante do Comando Vermelho e chamada “dama do tráfico”, para agendas em Brasília.
A declaração foi feita durante a reunião da Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) da Câmara. O pedido de impeachment foi enviado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em novembro.
“Trata-se de um pedido [de impeachment] constrangedor para quem escreveu e assinou, não para mim. É uma peça jurídica de quinta categoria. Se fosse uma prova da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], a pessoa que fez não seria aprovada”, disse o ministro. Segundo ele, o documento foi assinado por “oposição política”.
O ministro ainda enfatizou que nunca viu ou se reuniu com Luciane e que ela só participou do evento em Brasília por indicação dos comitês estaduais, como representante do Amazonas. “Mesmo que o ministério contasse com qualquer serviço de inteligência, o nome da referida senhora foi recebido em 3 de outubro, e ela só sofreu condenação em 8 de outubro”, completou.
Na época, o ministério confirmou que custeou passagens e diárias em Brasília de Luciane. Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou que ela viajou para a capital federal a fim de participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, realizado nos dias 6 e 7 de outubro.
Luciane é presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, que defende melhores condições no sistema carcerário brasileiro e luta pelos direitos humanos das pessoas privadas de liberdade.
Ela é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, um dos líderes do Comando Vermelho, que foi preso em dezembro de 2022. Luciane também foi condenada, em segunda instância, por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. No entanto, ela recorre em liberdade da sentença de dez anos de prisão. Já Tio Patinhas cumpre 31 anos de prisão no Amazonas.
Depois que o caso veio à tona, o Ministério da Justiça e Segurança Pública mudou as regras de segurança para a entrada na sede da pasta.
Encontros em ministérios
Luciane esteve ao menos duas vezes no Palácio da Justiça neste ano. Ela também esteve com Elias Vaz, secretário nacional de Assuntos Legislativos, em março. Ele explicou que a audiência atendia a uma solicitação da Associação Nacional da Advocacia Criminal, feita pela advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual no Rio de Janeiro.
Janira entrou acompanhada de duas mães de jovens assassinados — que pediram celeridade nas investigações da morte dos filhos —, além de Luciane Farias, que falou de supostas irregularidades no sistema penitenciário brasileiro. “Por essa razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais”, explicou Vaz.
Em maio, Luciane participou de outro encontro para discutir o assunto. “Não houve qualquer outro andamento do tema”, disse o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Também em maio, ela esteve com a secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Érica Meireles, no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Em nota, Luciane alegou que em nenhum momento tentou burlar a lei e que toda a sua atividade política sempre foi pública e exibida nas redes sociais.
“Minha luta é por garantir dignidade e direitos fundamentais ao meu esposo e a outros internos do injusto sistema carcerário do meu estado e do Brasil. Não enxergo que pratico crime em pedir as reuniões de interlocução nem que as autoridades, que, cumprindo o papel institucional para o qual foram eleitas, nos receberam em diferentes instâncias em Brasília, possam ser criticadas e descredenciadas por isso”, ressaltou.
Politica
Comissão Mista de Orçamento aprova Plano Plurianual


A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou, nesta terça-feira, 5, o relatório final do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. O texto agora segue para apreciação no plenário do Congresso.
Relatado pelo deputado Bohn Gass (PT-RS), o projeto foi aprovado em votação simbólica, com posição contrária apenas da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). O relatório prevê um montante de R$ 13,3 trilhões, que serão distribuídos em programas nos eixos social, econômico e institucional.
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No documento, o relator acatou algumas emendas apresentadas pelos parlamentares. Das 284, foram rejeitadas 110 e 13 inadmitidas. A maioria dos temas apresentados referiu-se a novos investimentos.
Bohn Gass decidiu incluir no plano alguns temas bastante demandados pelos parlamentares, como proteção, resgate e recuperação de animais domésticos; produção de semicondutores; ampliação de recursos para a Embrapa; e inserção da pecuária familiar dentro das políticas do Ministério da Agricultura e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Além disso, o relator também incluiu no parecer a expansão do ensino superior em regiões onde não haja universidade pública federal.
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Segundo Bohn Gass, o plano garantirá transparência sobre o que está sendo efetivamente executado nos projetos.
“Esse PPA terá indicadores-chaves”, destacou o deputado. “Não adianta apresenta uma ideia, conhecida como peça de ficção, se não tem indicadores a serem cumpridos em cada uma das áreas. O PPA vai ter uma análise anual, que será a avaliação e o monitoramento, até todo dia 30 de setembro. Até essa data, o governo vai enviar à CMO o que está de fato sendo efetivamente executado nos projetos. Para justamente não virar peça ficcional.”
O plano é de autoria do Poder Executivo e contou com a participação popular, por meio de audiências, levantamentos virtuais e sugestões de prioridades.
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A aprovação faz parte de um pacote importante de medidas econômicas para o governo federal. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) também compõe o tripé orçamentário do governo.
Segundo Bohn Gass, essas duas diretrizes também devem ser votadas pela comissão ainda nesta quinta-feira, 7.
Todas as medidas orçamentárias que definem os gastos para 2024 devem ser aprovadas pelo Congresso antes do encerramento do ano legislativo.
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